O ácido láctico é produto do metabolismo pirúvico, sendo que sua maior parte deriva da glicose (glicólise) e da deaminação da alanina. É considerado um marcador precoce do metabolismo anaeróbico celular e alterações, ainda que pequenas, na taxa de oxigenação celular elevam os seus níveis séricos. Deve-se suspeitar de acidose láctica na presença de anion-gap elevado sem explicação aparente, especialmente, na ausência de azotemia ou cetoacidose. Indicações: Indicado na suspeita de acidose láctica que pode ocorrer nas seguintes situações: 1. Perfusão tecidual diminuída (desidratação, hipovolemia, insuficiência cardíaca e choque); 2. Distúrbios metabólicos associados a doenças tais como diabetes mellitus, neoplasias e doenças hepáticas; 3. Intoxicação por drogas/toxinas tais como, etanol, metanol e salicilatos; 4. Erros inatos do metabolismo; 5. Exercício físico intenso. Interpretação clínica: O nível de ácido láctico suficiente para produzir acidose láctica não está bem estabelecido, mas se aceita que níveis acima de 45mg/dL (5mmol/L) com ph menor que 7,25 indicam acidose láctica significativa. Elevações leves a moderadas do ácido láctico podem ocorrer por dificuldades na coleta, garroteamento prolongado e após exercício físico.