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Carência de vitamina D pode ter consequências para a saúde de idosos

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Para os mais idosos, fica o alerta: a carência de vitamina D em grandes centros urbanos já atinge índices preocupantes, especialmente entre os maiores de 65 anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM, desta vez a culpa não é da alimentação inadequada, e sim da falta de exposição solar, responsável por estimular a produção do nutriente.  A mudança no estilo de vida das pessoas, que estão cada vez menos expostas ao sol, pode causar sérias consequências para a saúde da população, como fragilidade óssea e maior predisposição a fraturas, além de outras situações clínicas indesejáveis, como alguns tipos de câncer, doenças autoimunes e distúrbios metabólicos, entre outros.

 

Segundo a SBEM, valores séricos inadequados de Vitamina D foram encontrados em 85% dos idosos moradores na cidade de São Paulo, em mais de 90% dos idosos institucionalizados e em cerca de 50% da população de jovens saudáveis, números que se agravam no sul do país. Esta deficiência tem consequências já bastante conhecidas sobre o sistema musculoesquelético, levando à maior fragilidade óssea e fraturas. Uma análise sobre o assunto constatou que a suplementação com doses superiores a 700 UI de Vitamina D/dia em população idosa conseguiu reduzir o risco de fraturas de quadril em 26% e de fraturas não vertebrais em 23%. Doses inferiores não foram efetivas. Portanto, a adequação das concentrações de Vitamina D é obrigatória na prevenção das fraturas e do tratamento da osteoporose, com excelente relação de custo/benefício.

 

Diante desses dados, a instituição sugeriu ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos a solicitação o início de discussões para a inclusão da Vitamina D3 na lista de medicamentos fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Sociedade, o SUS já fornece o 400 UI Vitamina D, porém apenas em associação com sais de cálcio, o que seria uma desvantagem, já que a maioria dos pacientes não precisa de suplementação de cálcio, mas sim de quantidades maiores de Vitamina D. Para a SBEM, as doses de ataque deveriam ser de 7000 UI/dia por períodos de 2 a 3 meses.

 

Outra pesquisa, realizada na Universidade da Aarhus, na Dinamarca, e publicada no periódico Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, identificou que idosos que tomam suplementos de cálcio e vitamina D podem ter uma expectativa de vida maior do que aqueles que não ingerem quantidades suficientes dos nutrientes. Os suplementos reduzem em até 9% as chances de mortalidade em um período de três anos entre pessoas com idade média de 70 anos. Os autores chegaram a essa conclusão após analisarem outros oito estudos clínicos sobre os efeitos de suplementos de vitamina D e de cálcio sobre a saúde do indivíduo. Ao todo, esses trabalhos envolveram mais de 70 mil idosos, a maior parte mulheres aos 70 anos.


Fontes:
Vitamin D with Calcium Reduces Mortality: Patient Level Pooled Analysis of 70,528 Patients from Eight Major Vitamin D Trials, Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism

http://jcem.endojournals.org/content/97/8/2670.full.pdf+html


Prevalência da deficiência, insuficiência de vitamina D e hiperparatiroidismo secundário em idosos institucionalizados e moradores na comunidade da cidade de São Paulo, Brasil
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302007000300012&lng=en&nrm=iso


Ofício enviado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
http://www.endocrino.org.br/pela-vitamina-d/


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